terça-feira, 25 de outubro de 2016
segunda-feira, 24 de outubro de 2016
sábado, 22 de outubro de 2016
Criação de Filhos
Criação de Filhos
Nos dias de hoje a criação dos filhos tem sido negligenciada pelos pais, os quais transferem esta obrigação à escola, ou
deixam seus filhos à mercê do ensinamento das ruas com os “coleguinhas de
brincadeiras”. Como bem sabemos, as famílias tem sentido severamente com o
resultado de filhos mal criados e rebeldes. E a sociedade como um todo,
igualmente tem sentido seus resultados ao ver multiplicado o número de
marginais e malfeitores.
Deus, em sua infinita Sabedoria definiu desde o início
que os filhos são da responsabilidade dos seus pais. E estes devem criá-los no caminho do Senhor.
Antes de tudo devemos frisar o fato de que os filhos
são bênçãos que recebemos de Deus (Sl 127:3). Há casais (ou pelo menos um dos
cônjuges) que não desejam ter filhos. Isto é triste. Talvez por más lembranças, ou por medo de problemas futuros... Seja como for, o importante é não
nos deixar guiar por traumas e más lembranças. Nossos temores e
traumas não devem nos impedir de formar uma família com a presença de filhos.
Ora, se o casal não desejar ter muitos filhos, não há
problema. Pois, apesar de entendermos que Deus dá a capacidade de o casal ter
filhos, não estamos afirmando com isto que são obrigados a ter uma “multidão”
de filhos. Diferente disto, o casal cristão deve ser bastante responsável para
saber quantos filhos podem ter. O cristianismo não nos isenta de sermos sábios
e prudentes quanto a estes assuntos. Não é porque você prega a virtude da fé,
que agora vai ser irresponsável e jogar para Deus o dever de sustentar seus
muitos filhos! É preciso haver um planejamento cuidadoso de nossa parte ("pesar
nossas condições na balança"). “Não é vontade de Deus que você tenha um número de
filhos além do que você tem condições de criar, educar e sustentar com
dignidade.”[1]
Entretanto, igualmente é verdade que não é bom deixar de ter filhos por falta
de fé, ou por se deixar dominar pela ansiedade, egoísmo, ou medo.
Um ponto que deve ser afirmado é que nas Escrituras
não há qualquer indício de proibição para fazer-se um planejamento familiar
neste sentido. Deus não proíbe o planejar ter uma família bem estruturada de
acordo com as condições do casal.
Esta questão do planejamento familiar deve ser bem
discutida entre o casal, o qual, por fim, chegará a um acordo. Acordo este que
deve estar fundamentado nos princípios das Escrituras e regado pela oração.
Nesta hora de decidir a quantidade de filhos, não podemos nos deixar levar
pelas emoções e sonhos que muitas vezes permeiam o coração (ex: “Há, eu sempre
quis ter cinco filhos!”; ou aquele casal que depois de quatro homens tentam
outra vez a fim de ter uma menina). Todo cuidado é pouco. Nossas emoções e vontades
são fortes, não podemos nos deixar levar por eles. Caso contrário, podemos por
fim, quebrar algum princípio da Palavra divina quanto a este assunto.
E já que estamos falando em planejamento familiar, falemos sobre os métodos anticoncepcionais. Geralmente a maioria dos casais
não encerram a possibilidade de ter filhos logo depois de conseguir o primeiro!
Sendo assim, antes de resolver ter mais filhos ou não, ou mesmo para controlar
o tempo e a quantidade de filhos, entram em cena os anticoncepcionais. Nas Escrituras não temos um método correto e
outro errado. Todavia, lembremos que há métodos que são errados pelo fato de
quebrarem algum princípio da Palavra de Deus (como é o caso da “pílula do dia
seguinte”, a qual constitui um possível aborto). Neste caso é melhor não
utilizar o método.
Uma outra questão a ser observada no planejamento
familiar é a possibilidade de se adotar uma criança. Há casais que não podem
ter filhos por motivos de impossibilidade física e por isto adotam; entretanto,
há casais também que por própria deliberação vão por este caminho. Seja por
qualquer dos dois motivos, a adoção continua sendo uma opção não somente boa
como igualmente misericordiosa. Para que tudo ocorra bem, a conversa continua
sendo indispensável entre o casal. Uma decisão como esta não deve ser tomada
por um dos cônjuges somente, mas com a reflexão dos dois, visto que se trata
de uma “vida que vai ser cuidada.” Isto requer disposição, amor, paciência,
custos, sabedoria, etc.
Tendo em mente que é bom ter filhos, e que devemos
fazer um planejamento familiar, chega agora a hora de falarmos em como
criá-los. A Palavra de Deus não diz que nós somente devemos ter filhos e
pronto... Acabou nossa obrigação diante dele! Na verdade ter filhos é somente o
começo de uma longa jornada de serviço ao Senhor. Ter filhos implica consequentemente em criá-los. E sobre este aspecto Deus também nos orienta.
Logo de início precisamos compreender que a palavra criar utilizada no texto tem um
significado amplo. Vejamos o comentário que o teólogo Augustus Nicodemus faz a
este respeito:
A palavra criar usada por Paulo, tem o sentido primário de “alimentar” quando
aplicada ao corpo; mas, quando aplicada à criança, significa desenvolver pelo
cuidado e pelo esforço... A Bíblia não conhece uma criação de filhos limitada
apenas à alimentação do corpo, mas a que traz consigo a idéia de nutrir,
sustentar, prover, em todas as áreas, na área material, na área psicológica, na
área intelectual e especialmente, no relacionamento com Deus.[2]
Só nesta palavra já temos muito que aprender. Criar um
filho não é nada simples, é uma tarefa complexa e ampla em seus aspectos.
Examinemos o texto de (Ef 6:4) em
seus detalhes. O primeiro detalhe que, aliás, passa despercebido na nossa
tradução em português, é o fato de que ao dizer “pais” aqui neste versículo, Paulo não está se referindo ao pai e a
mãe. A palavra no grego é o plural da palavra “pai”. Portanto, estes mandamentos que ele ordena a seguir são
primeiramente voltados aos homens. Lembremos que os pais são os cabeças
do lar, e por isto cai sobre eles a maior responsabilidade. O dever de não
provocar à ira, disciplinar, e admoestar são primeiramente uma obrigação dos
pais (homens). Porém, não significa que as mães não têm nenhuma obrigação quanto
ao que Paulo fala neste versículo. Afirmar isto é torcer a intenção de dar
ênfase à responsabilidade dos homens que Paulo intencionou fazer.
Primeiramente, antes de falar da criação, Paulo ensina
o que os pais devem evitar. Que no caso aqui é “provocar os filhos à ira”. A criação dos pais deve ser marcada pelo
carinho, amor, respeito, compreensão, auxílio, e paciência. Lembremos que os
filhos estão aprendendo conosco, e por isto não devemos irritá-los podendo
causar “desânimo” (Cl 3:21). Mas como é que os pais podem irritar os seus
filhos? Vejamos alguns modos pelos quais isto ocorre na prática:
Através de palavras: ordens injustas e irracionais;
linguagem contundente e censurável; criticas freqüentes e públicas; expressões
indiscretas e nervosas. E através de atos: preferir um filho mais que os
outros; negar-lhes o necessário para a vida; negar-lhes a recreação apropriada
e necessária; espancá-los de forma severa e cruel; usá-los de forma desumana;
negar-lhes uma educação adequada; desperdiçar a herança deles; dá-los em
casamentos impróprios e visando seu próprio proveito.[3]
Os pais, então, devem procurar
analisar sua vida a fim de observarem se por acaso não estão irritando seus
filhos de alguma forma. Não é porque o pai tem autoridade sobre os filhos que
poderão fazer o que bem entendem com estes.
Continuando com as suas orientações
Paulo completa o contraste. Antes havia dito o
que os pais não devem fazer com os filhos (uma ordem negativa). Agora,
porém, lhes ordena as atitudes que deveriam praticar. Ele lhes diz: “criai-os na disciplina e na admoestação do
Senhor”.
O primeiro aspecto desta criação que
Paulo ordena é a disciplina.
Disciplina neste versículo tem a ver com a responsabilidade dos pais de ensinar
limites. “A ‘disciplina’, portanto, pode ser descrita como educação por meio de
regras e normas, recompensas e, se necessário for, castigos. Refere-se
especialmente ao que se faz à criança.”[4]
Vejamos o seguinte esclarecimento:
A palavra disciplinar
(paideia) empregada por Paulo é usada no Novo Testamento no sentido de
“treinar”... Discipliná-los não é descarregar sobre eles a nossa ira e
frustração pelo que fizeram, mas corrigi-los com o fim de treiná-los. Qualquer disciplina que é feita sem este propósito não
é disciplina, segundo a Palavra de Deus, mas é provocar os filhos a ira. Se
vamos corrigir fisicamente o nosso filho, devemos fazê-lo com a consciência de
que o estamos treinando, para que ele aprenda a diferença entre o certo e o
errado – e tudo isto para o bem daquela criança. A disciplina pode ser feita
verbalmente, mas o conceito envolve particularmente a correção física.[5]
Ademais,
a disciplina exercida pelos pais tem relação com Cristo. Veja que Paulo diz: “Disciplina do Senhor”. “Esta expressão
significa a disciplina que vem do Senhor.
Isto quer dizer que é o Senhor Jesus quem na verdade deseja disciplinar os
nossos filhos – nós somos instrumentos dele.”[6]
Os pais não devem disciplinar como bem entendem, conforme suas opiniões. A
disciplina deve seguir os padrões da Palavra de Deus. A disciplina deve ter a
aprovação de Cristo. Caso contrário, não é disciplina, mas castigo dos pais.
Às vezes é questionado se nos dias
atuais ainda cabe a correção física, já que a psicologia e a sociedade de modo
geral são contra tais procedimentos de ensino. Quanto a isto, a Bíblia é clara
(Pv 13:24; 22:15; 23:13, 14; 29:15). As Escrituras não somente é a favor da
disciplina física, mas ela a ordena. Talvez surja na nossa mente moderna a
seguinte dúvida: “Mas será que estes textos não estão falando somente que
devemos castigar nossos filhos e não necessariamente castigá-los fisicamente?”
Na verdade não é isto que os textos querem ensinar. Observemos a seguinte
explicação do termo “vara” utilizado nas Escrituras:
[...] a vara, uma metáfora para castigo corporal, irá
conter a agressividade, não removê-la. A forma como a vara é utilizada faz
muita diferença... A vara fala sobre certo tipo de castigo físico. Deve ser
usado quando necessário, mas com sabedoria e discrição. Faz parte da nutrição
da criança [...]”[7]
Devemos nos lembrar que Deus é Todo
Sábio e Santo, não podemos duvidar de Suas ordens. Os nossos filhos precisam de
disciplina. Não é uma questão de opção de nossa parte, mas de necessidade dos
filhos:
Nós já enfatizamos antes que nossos filhos são
concebidos e nascidos em pecado. Esta natureza pecaminosa se manifestará desde
cedo e portanto nossos filhos desde pequenos necessitam de disciplina em forma
de correção. A disciplina começa, primeiramente, reforçando o positivo, e se
este não é aceito, deve-se corrigir. Isso pode ser feito com amor e com a
aplicação persistente da verdade. Se a correção não é acatada, a punição física poderá tornar-se necessária.
Muitas pessoas chamam isso de abuso, mas não é. É um tipo de castigo. Este
castigo pode ser aplicado de forma a retirar benefícios ou prazeres. Pode até
ser que em algum momento pressão física deva ser aplicada. Lembre-se de que as
Escrituras nos dizem que se não usarmos a vara podemos estragar a criança. Nós
não estamos advogando o uso de varas nas crianças, mas a necessidade de punição
corporal em algumas situações. Talvez um tapa no traseiro seja necessário para
aguçar alguns ouvidos. Pode ser que a única maneira de fazer com que os ouvidos
se tornem sensíveis, seja através do bumbum.[8]
Quanto ao modo de aplicar a disciplina, os motivos
pelos quais os filhos devem recebê-la, a
constância, e tudo o mais que está envolvido a ela, deve ser discutido entre o
casal. Contudo, lembremos que a responsabilidade maior cai sobre os homens.
Portanto, a mulher deve acatar as orientações do esposo quanto a tudo isto. Não
implica que ele tomará todas as decisões sozinho, mas sim, que a palavra final
sobre os aspectos envolvidos na disciplina dos filhos cabe ao homem, cabeça do
lar. Lembrando, contudo, que se por acaso diferir da esposa quanto a alguma
disciplina aplicada a algum filho, ele não deve retirar tal disciplina para não
“tirar a autoridade” da mãe. Deve entender-se com ela sobre o assunto
para uma atitude diferente posteriormente. Porém, mesmo correndo o risco de agir diferente do pensamento
do esposo (quando não souber da opinião dele em determinados casos) a mulher não deve deixar de aplicar a disciplina nos filhos quando
necessário. Esperar que o pai dê a disciplina no filho posteriormente pode dá a
entender ao filho que a mãe não tem autoridade para aplicar a disciplina nele.
Há pais que “se recusam a disciplinar
os filhos. Isto constitui numa falha
terrível! Não disciplinar o filho é entregá-lo à sua própria sorte diante de
sua natureza pecaminosa, diante do mundo maligno, e diante das armadilhas de
Satanás. É desobedecer explicitamente o mandamento do Senhor para a família.
Além do mais, é melhor “sofrer
emocionalmente”, impondo limites e correções ao filho, do que esperar que ele
sofra as consequências espirituais, sociais e emocionais de viver sem limites.
Tenha em mente que um filho sem limites pode se tornar um grande malfeitor, e
ao olhar para trás ele provavelmente não agradecerá à mãe e ao pai por não o
ter disciplinado, mas há uma boa possibilidade dele odiá-los por causa da falta
de regras que o levou a uma vida marginal. Contudo, nossa preocupação não
deve ser “disciplinar o filho para evitar sua amargura contra nós no futuro”,
mas disciplinar por que Deus ordena que seja assim.
Também é dever dos pais entender que
alguns filhos necessitam de mais disciplina que outros. Os pais devem estar
atentos para as diferenças de personalidade dos filhos a fim de não deixar que
algum deles deixe de receber a disciplina que necessita.
Continuando com as suas orientações aos efésios Paulo
fala sobre a admoestação aos filhos.
Os filhos não devem somente ser corrigidos e disciplinados. Eles devem também
ser ensinados. “Admoestação é educar eficazmente por meio da palavra falada,
seja ela de ensino, de advertência ou de estímulo. Refere-se primariamente ao que se diz à criança.”[9]
Admoestar é um trabalho realizado com a mente da criança:
Admoestar também traz a idéia de
corrigir, embora não necessariamente de forma física. É corrigir os pensamentos
e idéias da criança... A idéia contida neste termo é que nós devemos, não
apenas disciplinar fisicamente uma criança, mas conversar com ela e colocar as
suas idéias em ordem. Admoestar a criança no Senhor significa mostrar-lhe pelo
diálogo, instrução e encorajamento quais as implicações espirituais de suas
atitudes, como as promessas e advertências de Deus se aplicam à sua vida.[10]
Existem pais que são “profissionais para disciplinar”
os filhos, mas não lhes ensinam, nem lhes instruem nada. É um erro pensar que
pela muita disciplina os filhos vão seguir uma vida moral correta. Devemos
construir neles uma mente santificada na Palavra de Deus. As Escrituras nos dão orientações quanto
a este dever (Dt 6:4-7; 11:18-20; Sl 78:1-8; Ef 6:1-4; 2Tm 3:15).
Um problema que surge muitas vezes quanto a esta ordem
é que muitos pais não estão preparados para ensinar aos seus filhos. Eles
mesmos não têm conhecimento bíblico, como poderão ensinar aos filhos o que eles
não sabem? É preciso abrir os olhos quanto a esta questão. Pais que não se
interessam em aprender as doutrinas bíblicas, que desprezam o conhecimento do
Senhor, dificilmente cumprirão esta ordenança divina! Outro fator presente na
questão é que muitos pais sabem criticar, reclamar, desanimar... Mas nunca dão
um elogio ou uma palavra de incentivo aos seus filhos. Isto é cruel e
contraproducente aos filhos. Não somente critique seu filho quando ele errar o
caminho correto, elogie e incentive quando ele acertar o alvo estabelecido na
Palavra de Deus. Ensinar não é somente repreender!
E não somente existem pais despreparados e não
capacitados para ensinarem os filhos o caminho do Senhor, existem aqueles que
não ensinam porque acham que esta é uma responsabilidade da Igreja. É como se
dissessem: “Se eu tenho que ensinar estas coisas aos meus filhos, o que faz
então a Igreja?” Todavia, é um absurdo colocar o dever que é dos pais, nas
costas da Igreja. Esta serve como auxiliadora, e não como substituta: “[...] Os pais cristãos devem zelosamente
guardar sua responsabilidade, delegando parte dela, de fato, para a igreja...
mas nunca abrindo mão completamente dela. É sua tarefa, que Deus lhes deu;
ninguém pode substituí-los de modo adequado ou completo.”[11]
Ensinar os filhos é uma tarefa árdua e constante, os pais, porém, devem
insistir neste serviço. Os filhos não aprendem da noite para o dia. Há filhos
que necessitarão de mais persistência até que aprendam. Já outros filhos
poderão aprender mais rapidamente. Isto tudo faz parte da complexidade da
personalidade do ser humano. Contudo, Deus, o Pai, certamente nos ajudará nesta
grande obra.
A esta altura é mister falar do erro
dos pais que muitas vezes olham e condenam a atitude dos filhos de outras
pessoas, contudo não observam as más atitudes de seus próprios filhos! É
preciso muita atenção, pois às vezes, por amarmos nossos filhos, terminamos por
ser de certa forma “cegos” quanto aos erros que eles cometem. Temos "visão de
águia" para ver o erro do filho de outro, mas somos míopes para ver o erro dos
nossos filhos. Por conseguinte nos tornamos promotores dos filhos dos outros, e
advogados dos nossos.
A esta altura é cabível ainda falar
de alguns aspectos da criação que envolvem a prática dos princípios acima
estudados. Por exemplo, sabemos que devemos criar nossos filhos na disciplina e
admoestação... Mas qual estilo de criação que terão para com eles? Alguns
filhos são criados brincando na rua, outros só dentro de casa; uns são criados
com muita etiqueta, outros com mais espontaneidade; Uns são ensinados a ajudar
com o serviço dentro de casa, outros a somente estudarem... Estes são alguns
assuntos dos quais o casal deve chegar a uma conclusão. Os pais devem atentar
para o fato de que a responsabilidade da criação de filhos é grande, pois estão
preparando cidadãos para a sociedade e para o reino de Deus.
Seja qual for o modo de criação a
que cheguem como conclusão, há algumas atitudes que precisam estar presentes
sempre na criação dos pais em relação aos filhos: Atenção, Cuidado, Carinho,
Amor, Paciência, investimento, Incentivo, Compreensão, Ensino, persistência e
Disciplina. Estas atitudes seguirão os pais até que os filhos cheguem à idade
adulta. E algumas destas atitudes são necessárias até mesmo quando adultos! A
função de pai e mãe não tem aposentadoria!
Outro aspecto da criação que deve
ser abordado é o fato triste de alguns pais terem como alvo que os filhos
alcancem o que eles não alcançaram (sejam cursos, bens materiais, status, etc).
Querem que os filhos realizem os sonhos que eles não realizaram. Os filhos se
tornam para eles como “uma segunda chance”. Isto é claro, não convém! Os filhos
são pessoas, e não objetos. Eles têm direito a sua individualidade. Não
nasceram para satisfazer os desejos dos pais, mas para serem homens e mulheres
que honrem a Deus com seus dons e projetos pessoais. Impor aos filhos o que eles
devem ou não devem fazer e conquistar, é podá-los em sua personalidade. Tenham seus sonhos, e deixem seus filhos
terem os sonhos deles!
Além disto, há pais que querem que os filhos sejam
exatamente como eles - “Suas cópias”. Ora, criamos filhos da melhor forma
possível não para que sejam iguais a nós, mas para serem a melhor pessoa
possível. Cada pessoa tem seu temperamento e personalidade. Não adianta querer
forçar o filho a ser como nós. Mesmo por que, isto não é justo! Por que os
filhos têm que ser iguais a nós? Somos por acaso perfeitos?! Ao invés de tentar
fazer de seus filhos suas cópias, os pais devem se preocupar em não criar seus
filhos cometendo os mesmos erros cometidos pelos seus pais. Abandonem os erros
que vocês “herdaram” deles, e sejam diferentes na maneira de tratar seus
filhos. Muitos no afã de verem seus filhos cópias de si mesmos, esquecem que
estão sendo cópias de seus pais! E isto não para melhor do filho, mas muitas
vezes para o pior deles.
Ao criar os filhos os pais precisam
colocar o objetivo de serem seus modelos
de vida. Sua obra de disciplina e ensino estarão grandemente
prejudicados se eles não condizem com aquilo que instruem com tanto empenho.
Aos olhos dos filhos, este comportamento divergente soará como hipocrisia. Além
do mais, mesmo para aqueles que não têm filhos, sua vida cristã já deve ser um
modelo de vida. Portanto, para os pais, ser modelo de vida não é nenhuma
obrigação a mais, ou alguma novidade!
Reconhecemos que estas tarefas dos
pais (disciplina e admoestação de filhos) são difíceis. É por isto que os pais
devem buscar com empenho a sabedoria divina a fim de cumpri-las. A sabedoria os
guiará ao melhor modo de aplicar estes mandamentos. Portanto, que busquem a
sabedoria do alto através da oração (Tg 1:5) e da leitura da Palavra (Sl 19:7)!
Para concluir nosso assunto sobre
criação de filhos queremos enfatizar que alguns casais têm sido grandemente
prejudicados em seu relacionamento conjugal depois do surgimento dos filhos.
Digo isto em razão de que muitos casais, por não saberem lidar com a nova
situação, terminam por deixar que os filhos ocupem um “lugar” na relação
conjugal que não lhes é devido. “Os filhos são bênçãos que Deus concede ao casal. Eles
devem ser criados com todo amor e preparados para a vida. Mas eles nunca podem
tomar o lugar da esposa no coração do pai nem o lugar do esposo no coração da
mãe.”[12]
É necessário tomar algumas providências em relação a esta nova situação (que
são os filhos) a fim de não haver uma barreira no crescimento mútuo do casal como
havia antes.
A relação entre o esposo e a
esposa deve ser prioridade, e não e relação entre pais e filhos. Vejamos
algumas sugestões que ajudarão os pais em seus deveres para com os filhos, sem
sacrificar simultaneamente o relacionamento do casal:
- Não adiar para o futuro o que pode ser feito hoje – Muitos casais que têm filhos pequenos ou adolescentes adiam, para quando os filhos estiverem grandes ou até casados, passeios, excursões... E quando chega esse momento, às vezes já estão velhos e doentes, e não podem fazer o que adiaram;
- Não confiar os filhos a pessoas erradas – Alguns casais, no afã de viver o presente, de não adiar para o futuro o que podem fazer agora, deixam os seus filhos aos cuidados de pessoas erradas;
- Não levar as crianças a passeios nos quais elas pouco aproveitam e muito atrapalham – As crianças só devem ser levadas a passeios ou viagens quando isso for absolutamente necessário;
- Estabelecer uma relação de troca de favores com casais que tenham filhos da mesma idade dos seus filhos – Devemos fazer amizade com um ou mais casais nessa situação, bem como levar os nossos filhos a serem amigos dos filhos deles, para que eles tomem conta de nossos filhos quando viajarmos; e nós por outro lado, tomaremos conta dos filhos deles quando eles viajarem.[13]
Cuidando do
relacionamento do casal, estamos cuidando da criação dos filhos, visto que um
casal bem estruturado forma a base para uma criação bem estruturada de filhos.
Em contrapartida, um casal desajustado e prejudicado em seu relacionamento,
sofrerá os danos não somente entre si, mas também com relação à criação de seus
filhos.
[1] Josué Gonçalves. 104 Erros que um casal não pode cometer! São Paulo, Editora
Mensagem Para Todos, 2004, p 163.
[2] Augustus Nicodemus Lopes e Minka
Schalkwijk Lopes, A Bíblia e a sua
Família. Exposições Bíblicas sobre o Casamento, Família e Filhos. São
Paulo, Cultura Cristã, 2001, p 146.
[3] Augustus Nicodemus Lopes e Minka
Schalkwijk Lopes, A Bíblia e a sua
Família. Exposições Bíblicas sobre o
Casamento, Família e Filhos. São Paulo, Cultura Cristã, 2001, p 141.
[4] William Hendriksen, Comentário do Novo Testamento – Exposição de
Efésios. São Paulo, CEP, 1992, p 326.
[5] Augustus Nicodemus Lopes e Minka
Schalkwijk Lopes, A Bíblia e a sua
Família. Exposições Bíblicas sobre o Casamento, Família e Filhos. São
Paulo, Cultura Cristã, 2001, p 147.
[6] Augustus Nicodemus Lopes e Minka
Schalkwijk Lopes, A Bíblia e a sua
Família. Exposições Bíblicas sobre o Casamento, Família e Filhos. São
Paulo, Cultura Cristã, 2001, p 149.
[7] Harriet e Gerard van Groningen, A Família da Aliança. São Paulo, Cultura
Cristã, 2002, p 142, 143.
[8] Harriet e Gerard van Groningen, A Família da Aliança. São Paulo, Cultura
Cristã, 2002, p 138.
[9] William Hendriksen, Comentário do Novo Testamento – Exposição de
Efésios. São Paulo, CEP, 1992, p 327.
[10] Augustus Nicodemus Lopes e Minka
Schalkwijk Lopes, A Bíblia e a sua
Família. Exposições Bíblicas sobre o Casamento, Família e Filhos. São
Paulo, Cultura Cristã, 2001, p 150.
[11] John R. W. Stott, A Mensagem de Efésios. A Nova Sociedade de Deus. São Paulo,
ABU, 1986, p 187.
[12] Adão Carlos Nascimento, Oficina de Casamentos. Governador
Valadares, Apoio Pastoral, 2001, p
88, 89.
[13] Adão Carlos Nascimento, Oficina de Casamentos. Governador
Valadares, Apoio Pastoral, 2001, p 90, 91.
Tipos de Culto
TIPOS DE CULTO
(por Alberto Simonton)
Como foi
observado no capitulo anterior, a vida como um todo, em cada procedimento, deve
ser vivida como um culto ao Senhor Jesus Cristo. Assim, não podemos estar
consagrados, respeitosos e reverentes a Deus no templo, e viver de qualquer
modo fora do momento de culto no templo. Nós somos o templo (1Co 6:19), nós
somos um constante culto.
Ainda
assim, é necessário lembrar que a Bíblia não somente fala de culto no templo.
Este é somente o culto mais referido por nós costumeiramente. Existem outros
tipos de culto (ou adoração) que podemos e deveremos tratar neste estudo. Os
tipos de culto que os reformados[1]
admitem existir são: O culto individual,
o culto doméstico e o culto público. Ou, como diz
Jerry
Marcellino, a “tríplice adoração a Deus: adoração particular, familiar e
pública.”[2]
Como
já afirmamos anteriormente, a vida completa do indivíduo deve ser um culto a
Deus, uma constante adoração ao Senhor. Todavia, isto não exclui a
possibilidade de podermos realizar momentos de adoração mais ritual, específica
e devocional. É aí que encontramos os três tipos de culto referidos acima. A vida
oferecida como um culto a Deus não elimina o ato de culto em si mesmo; antes, o
ato de culto completa a vida de culto. Um não contradiz o outro, mas são
facetas da total vida de adorador. É bem verdade que entre a vida como
comportamento (qualquer ato que façamos), e o culto como um momento específico
da vida (momento mais ritual ou devocional), nós encontramos algumas
diferenças. Nestes momentos mais rituais (culto), nós temos uma ênfase em dois
aspectos: edificação e exaltação. Enquanto que, no restante de
nossa vida, encontramos a prática da nossa fé (que também exalta a Deus é
claro!).
Vejamos um
exemplo prático para esclarecimento: num culto familiar eu posso cantar junto
com meus parentes, mas seria impensável que no meio do culto familiar eu dissesse:
“agora chegou a hora de glorificar a Deus limpando a casa”... E em seguida
voltasse para continuar o culto familiar”. Ora, como bem sabemos, a partir do
momento em que vamos varrer, houve uma
quebra do momento específico do culto familiar. Por que? Porque apesar
de varrer uma casa seja para glória de Deus
fazendo parte de minha vida de adoração ao Senhor (1Co 10:31; Cl 3:17),
não constitui parte do culto familiar. E qual a diferença? A diferença é que no culto familiar nós estamos sendo edificados e
exaltamos a Deus. Em outros momentos da vida, seja o que for que nós fizermos,
estaremos exaltando a Deus, por estarmos consagrados a Ele.
Além
disto, nos três tipos de culto referidos acima (individual, familiar e público)
temos certa “liturgia a seguir”, certo “conteúdo específico de culto”. Veremos
mais adiante em nosso estudo que existem certos elementos de culto definidos
pelo próprio Deus, os quais se tornam meios de graça para nossa edificação.
Enquanto que no restante de nossa vida nós estamos adorando a Deus de modo
totalmente livre e informal[3];
adorando-O com quaisquer atos praticados por nós a quaisquer tempo e lugar.
Bem, tendo
esclarecido estas pequenas diferenças, podemos agora passar adiante observando
que esta distinção de tipos de culto é ao mesmo tempo antiga e comumente aceita
pelos reformados. Elas podem ser claramente vistas, por exemplo, na conhecida
Confissão reformada produzida entre 1643 e 1649 - A Confissão de Fé de
Westminster. Em seu Capitulo XXI, Seção VI - DO CULTO RELIGIOSO E DO DOMINGO
esta Confissão afirma:
Agora, sob
o Evangelho, nem a oração, nem qualquer outro ato do culto religioso é restrito
a um certo lugar, nem se torna mais aceitável por causa do lugar em que se
ofereça ou para o qual se dirija (Jo 4:21); mas Deus deve ser adorado em todo o
lugar (Ml 1:11; 1Tm 2:8), em espírito e verdade (Jo 4:23,24), tanto em família
(Jr 10:25; Dt 6:6,7; Jó 1:5; 2Sm 6:18,20; 1Pe 3:7; At 10:2), diariamente (Mt
6:11), e em secreto, estando cada um sozinho (Mt 6:6; Ef 6:18), como também,
mais solenemente, em assembleias públicas, que não devem ser descuidadas, nem
voluntariamente negligenciadas ou desprezadas, sempre que Deus, pela sua
providência, proporciona ocasião (Is 56:6,7; Hb 10:25; Pv 1:20,21,24; Pv 8:34;
At 13:42; Lc 4:16: At 2:42).[4]
Seguindo os mesmos passos de distinção cúltica, a Igreja Presbiteriana
do Brasil, que é uma igreja reformada, no Manual utilizado por ela (Manual Presbiteriano), em seus PRINCÍPIOS DE
LITURGIA tem as seguintes declarações:
·
CAPÍTULO III,
CULTO PÚBLICO: Art. 7 - O culto público é um ato religioso, através do qual
o povo de Deus adora o Senhor, entrando em comunhão com Ele, fazendo-lhe
confissão de pecados e buscando, pela mediação de Jesus Cristo, o perdão, a
santificação da vida e o crescimento espiritual. É ocasião oportuna para
proclamação da mensagem redentora do Evangelho de Cristo e para doutrinação e
congraçamento dos crentes.
·
CAPÍTULO IV, CULTO INDIVIDUAL E DOMÉSTICO: Art.
9 - No culto individual o crente entra em íntima comunhão pessoal com
Deus; Art. 10 - Culto doméstico é o ato pelo qual os membros de uma
família crente se reúnem diariamente, em hora apropriada, para leitura da
Palavra de Deus, meditação, oração e cânticos de louvor. [5]
Evidentemente
você pode dizer que já ouviu falar de mais “tipos de culto” em sua jornada
cristã, como por exemplo: culto de evangelização, culto de oração, culto de
doutrina, culto de ação de graças, culto de formatura... etc. Na verdade estas
nomenclaturas são apenas distinções humanas referindo-se aparentemente à razão
daquele culto, ou ao propósito dele. No entanto, biblicamente falando, qualquer culto é de adoração a Deus Pai,
por meio do Deus Filho, no poder do Deus Espírito Santo. Seja ele Individual,
Doméstico ou Público. Se você reparar nestes exemplos dados a acima,
perceberá que todos são cultos públicos, simplesmente, com “nomes diferentes”.
Mas o tipo de culto é o mesmo. Quanto pudermos, é bom evitar a criação e a
permanência destes títulos de culto que não encontram fundamento na Escritura,
a fim de que o crente possa entender melhor que só existe culto para adorar a
Deus.
Enfim,
continuaremos nosso estudo falando de cada um destes três tipos de culto (ou
tipos de adoração). E após ter esclarecido suas diferenças e importância,
focaremos nosso trabalho no tratamento do Culto Público, que é o propósito
principal desta obra.
Culto
Individual
O culto individual é o exercício devocional que o indivíduo faz em dado momento de sua
vida particular. É um culto ao Senhor realizado pelo crente de maneira reservada. Como já
dissemos anteriormente, não é qualquer coisa que ele faça, pois sabemos que a
vida como um todo é um culto a Deus. Mas o culto individual é um “momento a Sós
com Deus” onde o indivíduo busca a presença do Senhor para uma comunhão maior.
A diferença entre este culto e os demais é a ênfase na privacidade do
indivíduo. Ele adora a Deus sozinho; e sozinho ouve a voz de Seu mestre (Mt
6:6; 4:2; 14:23; 26:36-39; Ef 6:18; Dn 6:10; At 16:25; 8:27, 28; 9:11).
Este
tipo de culto é o mais simples de realizar, visto que não dependemos de outras
pessoas, e poderemos realizar no momento e local de nossa preferência.
Igualmente poderemos seguir uma “liturgia mais livre” onde eu sou o próprio
dirigente e faço-o da forma como quero. Por exemplo, se quiser demorar duas
horas orando, eu posso. Todavia, não poderia ter esta liberdade nos outros
tipos de culto. Ou se quiser, poderei ler toda uma pequena carta de Paulo.
Talvez não consiga isto nos demais tipos de culto.
Todavia,
apesar de simples e solitário, o culto individual é tão importante para o
cristão que chega até mesmo ser considerado como o mais importante de todos dos
três tipos de culto. Nas palavras de Jerry Marcellino: “Somente a adoração particular
a Deus, que é o ponto inicial e o fundamento de tudo o que fazemos como
crentes, nos prepara para influenciar nossa família.”[6] Assim, para um bom culto doméstico é preciso
uma boa vida de culto individual que me prepara para tal.
Da
mesma forma, para um bom andamento do culto público, é necessário que haja
práticas devocionais anteriores que firmem meus passos, a fim de não fazer do
culto público um simples ajuntamento solene hipócrita. Tanto é assim, que Deus
ordena e incentiva os dois para o cristão:
A
adoração é uma atividade privada e corporativa.
As duas coisas não são mutuamente exclusivas, mas recebem ênfase semelhante nas
Escrituras (Mt 6.6 e Hb 10.25). A salvação é individual, mas não nos confina ao
individualismo nem ao isolamento. Como disse Matthew Henry: "A adoração
pública não nos dispensa da adoração privada." O culto público é apenas
uma porção da nossa vida de adoração.[7]
Resumindo,
o culto individual traz benefícios que não podem ser ignorados. O culto
individual é um momento de devoção e edificação para o servo de Deus. Desprezá-lo, é negligenciar oportunidade de
investir mais em uma vida cristã próspera e saudável.
Culto
Doméstico
Creio que
é desejo de todo verdadeiro cristão ver a Igreja de Jesus crescer e ser forte.
Porém, uma coisa é desejar que isto seja realidade, outra bem diferente é ser
parte neste processo contra Satanás e o mundo. Muitos estão dispostos a aprovar
a ideia de uma igreja forte, mas grande parte despreza os meios que podem ser
utilizados para que tal ocorra.
Como
vimos anteriormente, a realização de um momento devocional com Deus num culto
particular (individual) é de grande importância para a saúde do crente.
Contudo, não possuímos somente este recurso para o crescimento espiritual em
nossa vida. Além de um momento a sós com Deus nós podemos ter um culto ao
Senhor com nossa família. Ou seja, um culto doméstico, onde os membros da
família são os adoradores.
A
teologia reformada sempre foi favorável à existência do culto doméstico nas
famílias cristãs com fins de crescimento espiritual. Ora, vemos a posição
reformada quanto ao culto doméstico claramente na Confissão de Fé de
Westminster em seu Capítulo XXI - DO CULTO RELIGIOSO E DO DOMINGO, seção VI,
onde fala sobre o culto entre os familiares (Jr 10:25; Dt 6:6,7; Jó 1:5;
2Sm 6:18,20; 1Pe 3:7; At 10:2). Porém, observando acuradamente, a prática de
muitas igrejas não condiz com esta declaração. “Toda igreja deseja ter crescimento.
No entanto, é surpreendente como poucas delas buscam promover isso por meio de
uma ênfase na necessidade de se criar os filhos na verdade da aliança.”[8]
O culto particular pode até ser que exista na vida do marido e/ou da esposa,
mas em muitos lares o culto doméstico não é realizado. “Em muitas igrejas e
lares, ele é algo opcional ou, no máximo, uma prática superficial, como uma
breve oração de agradecimento antes das refeições. Consequentemente, muitas
crianças crescem sem nenhuma experiência ou impressão da fé cristã e da
adoração como uma realidade diária.”[9]
Assim, certamente que a prática das igrejas não está condizendo com a teologia
adotada.
Ora, falamos da importância do
culto doméstico (culto familiar). Mas precisamos entrar em pormenores e
esclarecer o que é o culto doméstico e no que ele consiste. O culto familiar
ou doméstico, é o exercício de devocional de culto realizado por membros de uma
família em conjunto, em um determinado momento do dia. Ele “consiste
de oração, leitura da Escritura e o cântico de louvores”.[10]
Evidentemente
que, num mundo ativista como hoje, falar de um período de tempo para juntar os
familiares e realizar um culto doméstico soa como uma “missão impossível”. Mas
devemos batalhar para a sua realização devido à importância que este culto tem
para a saúde familiar. Ora, os chefes de família são os responsáveis pelo
crescimento espiritual das suas famílias (Ef 5:25-27; 6:1-4). Assim, coube a
“Deus exigir que os chefes de família façam tudo quanto puderem para guiar suas
famílias na adoração ao Deus vivo. Josué 24.14-15.”[11]
Um destes meios pode ser o culto doméstico. No dizer de Douglas Kelly: “O chefe
de cada família deve representá-la no culto de adoração a Deus; e também que, o
ambiente espiritual e o bem-estar pessoal daquela família, a longo prazo, será
afetado grandemente pela fidelidade — ou fracasso — do cabeça da família nessa
questão.”[12]
Mesmo que o Pai seja fiel ao Senhor particularmente, deve lutar para que sua
família assim o seja de igual forma. Realizar o culto doméstico é um modo de
lutar pela saúde espiritual de sua esposa e filhos. É lutar pelo seu lar:
O
culto doméstico é o fator que determina como as coisas andam no lar. É claro
que o culto doméstico não é o único fator determinante para isso. Ele não
substitui outras obrigações paternas. O culto doméstico sem o bom exemplo dos pais
é fútil. O ensino espontâneo que surge ao longo de um dia comum é crucial.
Todavia, separar momentos para o culto doméstico também é importante.[13]
Pensemos da seguinte forma: Se nosso momento a sós com Deus em nosso
culto individual é prazeroso, edificante e fortificante à alma, porque não
levar isto aos nossos familiares? Devemos nos lembrar que nossos filhos ainda
estão sob nossa direção e responsabilidade. Eles não estão “por si mesmos”, mas
vive sob nossa proteção paternal. Assim, tudo que fizermos para ajudá-los no
crescimento espiritual é bem-vindo. O culto doméstico se propõe a realizar
parte desta tarefa de educar a vida espiritual dos filhos:
Proporciona
um maior conhecimento das Escrituras e crescimento na piedade individual, tanto
a vocês quanto a seus filhos. Ele fomenta a sabedoria de como enfrentar a vida,
a abertura para falar de questões relevantes e o relacionamento mais estreito
entre pais e filhos. Os fortes laços estabelecidos no culto doméstico em seus
anos iniciais podem ser de grande ajuda para os adolescentes nos anos por vir.
Esses adolescentes podem ser poupados de muitos pecados ao se recordarem das
orações em família. [14]
Apesar de
parecer claro e convincente, a realidade nos mostra que muitas famílias cristãs
não aderem ainda à prática do culto doméstico. Muitas razões poderiam ser
apresentadas aqui. Como bem sabemos, se alguém não quer algo, muitas “supostas justificativas”
podem ser apresentadas. Deste modo, não podemos num só trabalho apresentar todas
elas. Porém, isto não impede de podermos apresentar algumas objeções que são
bem comuns. Observemos abaixo algumas objeções e as respectivas respostas a
elas apresentadas pelo escritor Joel Beeke:
1º
objeção: Não há uma hora exata em
que todos nós podemos estar juntos.
Se
vocês têm horários conflitantes, principalmente quando os filhos mais velhos
estão na faculdade, você deve fazer o melhor que puder. Não cancele o culto
doméstico se algum dos filhos não estiver em casa. Realize o culto doméstico
quando a maioria dos membros da família estiver presente. Caso surjam conflitos
de horários, mude ou cancele a atividade que estiver ameaçando o culto
doméstico, se possível. O culto doméstico deve ser um acontecimento
inegociável. Os negócios, passatempos, esportes e atividades escolares são
secundários se comparados a ele.[15]
2º objeção: Nossa família é muito diversificada para que todos sejam beneficiados com isso.
Tenha
um plano que abranja todas as idades. Leia um trecho de um livro de histórias
bíblicas para os pequeninos por alguns minutos. Faça a aplicação de um
provérbio para as crianças mais velhas e leia uma ou duas páginas de um livro
para adolescentes. Um plano sábio pode superar qualquer diversidade de idade.
Além disso, essa variedade de idades dos filhos afeta diretamente apenas um
terço do culto doméstico, mas não afeta o momento de orações e de cânticos.
Todas as faixas etárias podem cantar e orar juntas. Lembre-se também de que, a
instrução bíblica não se aplica de forma direta a todos os presentes. À medida
que você ensina os adolescentes, as crianças estão aprendendo a ficar sentadas.
Entretanto, não mantenha a discussão por um período prolongado ou todos
acabarão perdendo o interesse. Se os adolescentes quiserem continuar a
discussão, retome o assunto depois de encerrar o culto com uma oração e
dispensar os mais novos. Semelhantemente, enquanto você estiver ensinando os
filhos mais novos, os adolescentes estarão prestando atenção. Eles também
estarão aprendendo, pelo seu exemplo, como ensinar as crianças menores. Quando
se casarem e tiverem filhos, eles se lembrarão de como você conduzia o culto
doméstico.[16]
3º objeção: Nossa família não tem
tempo para isso.
Se
você tiver tempo para lazer e divertimentos, mas não para o culto doméstico,
pense em 2Timóteo 3.4-5, que nos adverte sobre pessoas que amam mais os
prazeres do que a Deus, os quais têm forma de piedade, mas negam o poder que
ela tem. Separar um tempo das atividades familiares e dos negócios para buscar
a bênção de Deus nunca é perder tempo.[17]
4º objeção: Nossa família é muito pequena.
Richard Baxter afirmou que, para formar uma família,
você só precisa de alguém que governe e de alguém para ser governado. Você só
precisa de duas pessoas para o culto doméstico.[18]
Ainda que
possamos convencer alguns da importância do culto doméstico, é bem provável que
ainda afirmem: “eu não sei fazê-lo!” Bom, se o convencemos da importância do
culto, como realizá-lo será mais fácil de responder. Será que iremos deixar de
fazer algo benéfico à nossa família por que “não sabemos fazer?!” É óbvio que
não! Nas palavras de Joel Beeke: “Peça
orientação de pastores e pais tementes a Deus. Pergunte se eles poderiam
visitar sua casa e mostrar-lhe como conduzir o culto doméstico ou observar a
forma como você o faz e dar sugestões. Terceiro, apenas comece... Sua
habilidade aumentará com a prática.”[19]
É
bem verdade que muitos cristãos brasileiros não estão bem equipados para fazer
uma explanação de um texto bíblico aos seus familiares. Todavia, isto não é
motivo para desânimo ou desistência em realizar o culto doméstico. Se o chefe
de família não tem esta habilidade, nada impede de buscar outras fontes que o
ajudem neste aspecto.
“Muitos puritanos dentre o povo tomavam notas dos sermões e os pais
frequentemente, de posse das anotações, usavam-nas nas atividades de adoração
junto aos familiares. Se tinham crianças de mais ou menos 10 anos repassavam o
sermão no nível de entendimento desta idade.”[20]
Em resumo,
o culto doméstico é um instrumento que pode fortalecer a família nos caminhos
do Senhor, auxiliando o cabeça da família no cumprimento da ordem do Senhor (Js
24:15 ; Dt 6: 1-9; Ef 6:1-4). E visto que é útil para todos, então que todos
valorizem este culto; mas principalmente os homens, líderes do lar:
Guarde
cuidadosamente esse momento de culto doméstico. Se você souber com antecedência
que o período habitual não será adequado num determinado dia, reprograme o
tempo de culto. Entretanto, não deixe de realizá-lo, pois isso pode se tornar
habitual. Quando puder manter o horário determinado, planeje cuidadosamente e
prepare-se com antecedência, para que cada minuto seja valioso. Enfrente todos
os inimigos do culto doméstico.[21]
Infelizmente
podemos constatar que muitas famílias estão orando por seus filhos, mas não
lhes ensinam a Palavra. É uma atitude estranha, visto que a Bíblia manda por
diversas ocasiões ensinar os filhos a Sua palavra (Ex 12:25-27; Pv 22:6; Ef
6:4; Sl 78:1-5), mas no entanto, não encontramos um só versículo mandando
explicitamente orar por eles. Não que devemos parar de orar por nossos filhos,
mas esta não é a ênfase no ensino da Palavra a nós dirigida. O culto doméstico
se propõe a cumprir o mandamento explícito do Senhor de ensinar a Escrituras a
novas gerações.
Culto
Público
Tendo
falado do culto individual, e do culto doméstico, cabe a nós agora nos voltar
para o culto público. Como poderemos perceber nitidamente, os tipos de culto
vão se diferenciando em número de participantes, e em exigências litúrgicas.
Biblicamente você vai encontrar mais referências aos cultos públicos oferecidos
a Deus do que a respeito dos outros tipos de culto. Porém, mesmo com diversas
referências, não podemos supervalorizar o culto público a ponto de esquecer o
valor da vida de adoração. Como havemos falado anteriormente, tornamos a
repetir, “O culto público é apenas uma porção da nossa vida de adoração.”[22]
Antes de
continuarmos a falar do terceiro tipo de culto, conheçamos alguns conceitos referentes
ao culto público, a fim de compreender melhor este serviço de adoração:
·
Culto é a reunião do Povo de Deus, com o Seu
Deus, onde: o povo se apresenta diante do seu Criador-Redentor e oferece
adoração, e Deus recebe nossa solenidade falando-nos viva e profundamente
através da exposição fiel de sua Palavra. Dr. Valdeci dos Santos afirma que
“... o culto cristão é a dedicação de nós mesmos a Deus com aceitação de sua
paternidade, soberania e misericórdia, e exultante reconhecimento de sua
glória, majestade e graça. O culto cristão é prestado espiritualmente, com o
auxílio do Espírito Santo; tem Jesus Cristo como único mediador, e baseia-se no
conhecimento verdadeiro de Deus”.[23]
·
O culto público é o meio pelo qual a igreja manifesta de forma mais
notável o conteúdo da sua fé. É também o momento em que, reunida, oferece a
Deus uma resposta àquilo que sabe que ele é e tem feito. Isso tudo faz do culto
uma das facetas mais importantes do viver cristão.[24]
·
O culto cristão pode ser definido como a
atitude interior de adoração a Deus, bem como a expressão exterior da mesma em
palavras e atos individuais e comunitários. Portanto, o culto tem duas
dimensões: uma interior e outra exterior; além disso, pode ser individual e
corporativo (culto público).[25]
·
O termo
“culto” denota basicamente dois possíveis significados inter-relacionados: 1)
Adoração ou homenagem a uma divindade. 2) Ritual ou liturgia; ou seja, o modo
de exteriorizar esta adoração. A
primeira significação refere-se à natureza do culto propriamente dito, enquanto
a segunda traduz a formalização.[26]
Tendo
visto tais conceituações, podemos agora partir para nossa conceituação: culto
público é o exercício devocional de culto prestado a Deus pelo povo de Deus em
assembleia. Deve-se chamar atenção nesta conceituação para o fato de
que muitos cristãos pensam que vão para a igreja assistir o culto. “Não vamos à
Igreja para "assistir" o culto, quem assiste o culto é Deus, nós
vamos prestar (ou dar) culto, vamos para adorar a Deus.” [27]
Ora, se no
culto individual o crente adora, no culto doméstico a família adora, como
poderia no culto público os crentes somente assistirem o culto? Nele,
igualmente, o povo adora. O povo é participativo no culto. Lembremos da
conceituação de culto exposta anteriormente por nós: Culto
é um serviço de adoração prestado a Deus de modo a reverenciá-lO e
homenageá-lO. Se culto é um serviço, já não é “assistir”, mas “agir,
servir”. O que encontramos de maior diferença em relação aos cultos individual
e doméstico, é que existem mais preceituações a seu respeito.
Culto
Público Infantil
Em
nossa cultura brasileira tornou-se costume muitas igrejas organizarem um “culto
paralelo” onde as crianças participam em local diferente dos adultos.
Geralmente este momento ocorre na hora da pregação. Ou seja, as crianças
participam da liturgia com todos os membros, mas na hora da pregação são
retiradas a um local à parte a fim de serem instruídas conforme suas idades.
Entretanto devemos nos perguntar: Será
que esta reunião, às vezes denominada de “culto infantil” tem o apoio das
Escrituras? Deus ordena isto em Sua Palavra?
Como
vimos acima, o culto público deve ser oferecido pelo povo de Deus. E quem é o
povo de Deus? Todos aqueles que aceitaram Jesus pela fé se tornaram povo de
Deus (1Pe 2:7, 10). Em contrapartida, todos os filhos dos crentes são também
parte do povo da aliança (1Co 7:14; Gn 17:10-13). Então, “como regra, os filhos
da aliança devem estar presentes com a congregação no culto. Eles fazem parte
do corpo unido e por isso devem fazer parte do culto unido. Isso faz parte da
essência de quem eles são como filhos do pacto”.[28]
E apesar do não conhecimento de muitos, existe textos nas Escrituras que
comprovam a participação dos menores no culto público a Deus (2Crônicas 20:13;
Josué 8:35; Joel 2:15). Deste modo, “obviamente, crianças pequenas devem fazer
parte do culto. Elas estão prontas para participar junto com a congregação tão
logo os pais assumam a responsabilidade de ensinar, treinar e disciplinar seus
filhos para o culto.”[29]
O chamado culto infantil não tem base bíblica,
pelo contrário, contradiz com os textos que ensinam a presença dos infantes no
culto público. Além do mais, as justificativas apresentadas para se realizar o
tal culto infantil estão fundamentadas em argumentos fracos e não bíblicos, os
quais não abordaremos nesta obra.
O fato é
que os pais devem manter seus filhos no culto público com os adultos e não
aderir a esta metodologia cúltica para crianças. Além do mais, não devem
esquecer-se de que não basta trazer os filhos para o culto público, mas deve
ensiná-los a participar dele. A participação das crianças no culto não é
simplesmente uma obediência legalista, mais um meio de elas participarem da
adoração e aprenderem a ser adoradoras:
Quando
crianças são trazidas ao culto é essencial que os pais estejam conscientes do
fato de que não basta que simplesmente elas estejam presente, mas também que
elas devem ser treinadas no modo apropriado de cultuar. As crianças devem ser
ensinadas a sentar e permanecer quietas em respeito a seus pais e aos outros, e
devem também aprender que a razão disso é a honra e a adoração a Deus. Os pais,
da mesma forma, têm uma obrigação para com os outros adoradores e para com o
próprio Deus em não permitir que seus filhos se distraiam no culto. É
responsabilidade dos pais ensinar, disciplinar e manter controle de seus filhos
no culto. O objetivo é treinar as crianças a exercer autocontrole e aprender
como adorar. Os pais devem estabelecer de forma clara as regras de
comportamento para suas crianças, assim como ajudá-las a entender a razão por
que elas estão no culto.[30]
Evidentemente
que nem sempre isto é fácil de ser realizado. Há crianças que são muito
pequenas e dão algum trabalho extra para os pais. Contudo, isto não é
justificativa para desistência em trazer crianças ao culto público. O escritor
Robert Booth, ao falar sobre a participação de crianças no culto público, faz o
seguinte comentário:
Pais
com crianças muito pequenas, ou aqueles com filhos no processo de serem
treinadas, deveriam sentar próximo à porta e estar preparadas para discretamente
sair do santuário, se seus filhos começarem a chorar, ou, do contrário,
distrairão os outros. Um choramingo ou acalento ocasional é normal e geralmente
não requer muito mais que pegar a criança e embalá-la ou dar-lhe palmadinhas
nas costas. Contudo, se isso não for o suficiente para sossegar a criança, os
pais devem, por cortesia e respeito pelos outros e pelo culto, retirar seu
filho da assembleia até que ele tenha sido acalmado. Crianças que estão
começando a andar são um desafio diferente para os pais. A esta altura elas
deveriam estar treinadas a entender o que a palavra “não” significa e deve-se
esperar que permaneçam sentadas durante o culto tranquilamente. Se fracassarem
em fazer assim, então elas devem ser tratadas como em qualquer outra desobediência
obstinada (i.e., pecado) e a disciplina apropriada deve ser aplicada. Todos nós
entendemos que elas são “crianças pequenas”, mas lembre-se, nossa
responsabilidade como pais é trazê-las à maturidade ensinando-as o que devemos
e insistindo que elas obedeçam. Se uma criança está geniosa porque esteve
doente, ou está nascendo dente, ou tem alguma outra razão legítima para não se
sentir bem, então, talvez, não seja adequado que ela esteja presente com a
congregação nesse dia. Entretanto, mesmo cansada ou doente as crianças não
devem ser permitidas que pequem. [31]
E mesmo
nos casos de crianças muito pequenas, ou casos excepcionais, o culto ainda pode
ser o lugar adequado para elas tomando-se, é claro, algumas providências. É o
que nos orienta o escritor Randy Booth:
Membros
amigos na igreja ou parentes podem ser chamados para auxiliar nessa tarefa de
ajudar com as crianças durante o culto, especialmente quando há muitas crianças
para cuidar.[...] Os diáconos devem assegurar que os assentos próximos à porta
do santuário permaneçam disponíveis
para pais com crianças pequenas a fim de facilitar melhor uma saída
necessária.[...] Os diáconos, onde for possível, poderiam providenciar uma “sala do choro” para mães e seus filhos.
Essa sala poderia ser equipada com som, vídeo ou um vidro com película
espelhada de modo que as mães possam ainda receber alguma porção do culto, se
elas precisarem sair temporariamente.[...] Uma lista de voluntários para trabalhar no berçário deveria ser mantida em
caso de necessidades especiais,
especialmente para visitantes cujas crianças possam não ficar sob controle ou
não estar preparadas para permanecer sentadas durante o culto.[32]
[1]
Reformados é uma designação àqueles que
concordam com as doutrinas do reformador João Calvino.
[2]
MARCELLINO, Jerry. Redescobrindo o
Tesouro Perdido do Culto Familiar. 1ª ed. São José dos Campos: Editora
FIEL, 2004. p. 12.
[3]
Com a expressão livre e informal não estamos querendo dizer sem parâmetros,
pois a Palavra de Deus sempre nos será o parâmetro para todos os atos na vida.
O que queremos dizer é que no cotidiano não utilizamos de nenhuma liturgia, ou
ritual, ou elementos de culto, para realizarmos nossos atos de adoração.
[4]
A Confissão de Fé de Westminster. São
Paulo: Cultura Cristã, 1999. p. 115.
[5]
Manual Presbiteriano – com notas
remissivas. São Paulo: Cultura Cristã, 2013. p. 124, 125.
[6]
MARCELLINO, Jerry. Redescobrindo o
Tesouro Perdido do Culto Familiar., 2004, p. 12.
[7]
SANTOS, Valdeci dos. Refletindo sobre a Adoração e o Culto
Cristão., 2014.
[8]
BEEKE, Joel. Adoração do Lar. 1ª ed.
São José dos Campos: Editora FIEL, 2012. p. 9.
[9]
Ibid., p. 10.
[10]
BEEKE, Joel. O Culto Doméstico. Disponível em:<http://musicaeadoracao.com.br/19915/o-culto-domestico/>. Acesso em: 16 maio 2013.
[11] BEEKE, Joel. op.cit., p. 19.
[12]
Ibid., p. 23.
[13]
BEEKE, Joel. Adoração do Lar., 2012,
p. 11, 12.
[15]
BEEKE, Joel. Adoração do Lar., 2012.
p. 57.
[16]
BEEKE, Joel. Adoração do Lar., 2012,
p. 58.
[17] Ibid., p. 55, 56.
[18] Ibid., p. 57.
[19] Ibid., p. 60.
[20]
BEEKE, Joel. Os Puritanos e a adoração.
Disponível em: <http://ospuritanos.blogspot.com.br/search/label/Os%20Puritanos%20e%20a%20Adora%C3%A7%C3%A3o>. Acessado em: 25 jun.
2013.
[21]
BEEKE, Joel. Adoração do Lar., 2012,
p. 36.
[22]
SANTOS, Valdeci dos. Refletindo sobre a Adoração e o Culto
Cristão., 2008.
[23] MACEDO, Jônatas Abdias de. Liturgia Hoje – Entre a Liturgia Moderna e
a Teologia Litúrgica da Reforma. Disponível em: <http://www.monergismo.com/textos/liturgia/liturgia_jonatas.htm>.Acesso
em: 02 ago.2008.
[24]
GRANCONATO, Marcos. A Confissão
de Fé de Westminster' e o 'Princípio Regulador do Culto. Disponível
em: <http://www.igrejaredencao.org.br/ibr/index.php?option=com_content&view=article&id=52:a-confissao-de-fe-de-westminster-e-o-principio-regulador-do-culto-pr-marcos-granconato&catid=19:monografias-txt&Itemid=111>. Acessado em: 16 maio
2013.
[25]
MATOS, Alderi Souza de. A
Reforma Calvinista e Suas Consequências para a Pregação e a Liturgia., 2007.
[26]
MARTINEZ, João Flávio. Cultos
aberrantes. Disponível em: <http://www.cacp.org.br/estudos/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=935&menu=7&submenu=4>.Acesso
em: 24 fev.2008.
[27]
CAMPELO, Walter Andrade. A Música na
Igreja de Cristo. Disponível em: <http://www.luz.eti.br/es_amusicanaigreja.html>.Acesso
em: 26 jan.2013.
[28]
BOOTH, Robert. As Crianças Pequenas e o
Culto a Deus. Ano XIII, Nº IV, 2005. Recife: Os Puritanos, 2013. p. 4.
[29] Ibid., p. 6.
[30] Ibid., p. 5.
[32]
Ibid., p. 6.
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